Entenda o que é e como funciona a Internet das Coisas (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
A Internet das Coisas (IoT) é uma tecnologia que conecta objetos da nossa rotina à internet, para que se comuniquem e troquem dados. Essa conexão permite a criação de um ambiente inteligente e automatizado com os dispositivos “conversando” entre si.
Os aparelhos IoT possuem sensores e softwares para coletar dados do ambiente, que são transmitidos e processados em servidores na nuvem. Então, aplicativos e assistentes virtuais podem ser usados para controlar esses dispositivos remotamente.
É possível encontrar vários exemplos de IoT no nosso dia a dia, como sistemas de iluminação, de entretenimento e outros dispositivos inteligentes. Já na indústria, a tecnologia é aplicada para otimizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência.
A seguir, conheça mais sobre o que é a Internet das Coisas, como ela funciona e a sua importância.
Índice
O que é Internet das Coisas?O que significa IoT?A Internet das Coisas surgiu como?Qual é a importância da Internet das Coisas?Como a Internet das Coisas funciona?Quais são os exemplos de dispositivos da Internet das Coisas?Quais são as vantagens da Internet das Coisas?Quais são as desvantagens da Internet das Coisas?Quais são os riscos de segurança da Internet das Coisas?Qual é a diferença entre Internet das Coisas e Inteligência Artificial?A Internet das Coisas usa Inteligência Artificial?
O que é Internet das Coisas?
A Internet das Coisas – ou IoT – é uma rede de dispositivos inteligentes conectados à internet que podem coletar e trocar dados entre si e a nuvem. Esses aparelhos com sensores e softwares embarcados permitem a automatização de tarefas e a otimização de processos.
Assim, a IoT oferece benefícios como comodidade, eficiência e personalização. Algo que possibilita que os dispositivos inteligentes sejam adotados nas rotinas de ambientes domésticos, corporativos ou industriais.
O que significa IoT?
IoT é a sigla para Internet of Things (Internet das Coisas, em português). Esse termo é aplicado à rede de dispositivos conectados à internet que se comunicam entre si e com a nuvem, coletando e trocando dados.
A Internet das Coisas surgiu como?
A Internet das Coisas teve suas raízes no final da década de 1990, quando o termo foi cunhado pelo cientista da computação americano Kevin Ashton. O conceito central era conectar objetos do cotidiano à internet usando sensores e softwares de comunicação.
Ashton propôs o uso de chips de identificação por radiofrequência (RFID) para rastrear produtos na cadeia de suprimentos da Procter & Gamble. Então, a ideia mostrou o potencial da tecnologia para otimizar processos e coletar dados da operação.
A IoT se expandiu rapidamente com avanço tecnológico no início dos anos 2000, especialmente com a redução do tamanho de componentes eletrônicos. Isso permitiu que os gadgets fossem adotados nos setores da indústria, saúde e agricultura.
Para mais, a redução dos custos e o aumento da capacidade de processamento permitiu que a Internet das Coisas chegasse aos lares. Assim, a popularização de dispositivos inteligentes e assistentes virtuais tornou a tecnologia amplamente presente no dia a dia de várias pessoas.
Echo Dot 4ª Geração é um exemplo de dispositivo inteligente conectado à Internet das Coisas (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)
Qual é a importância da Internet das Coisas?
A Internet das Coisas tem revolucionado diversos setores, desde a indústria até a agricultura, proporcionando uma série de benefícios. Veja alguns exemplos:
Automação residencial: controle de dispositivos remotamente por comando de voz ou apps, criação de ambientes inteligentes e aumento da segurança;
Agricultura: dispositivos de monitoramento de condições do solo, clima, plantações e rebanhos. Coleta de dados para gestão de recursos e das cadeias de suprimentos;
Indústrias: equipamentos para otimização de processos, redução de custos, sistemas de prevenção de falhas em maquinários e melhoria na qualidade dos produtos;
Saúde: monitoramento remoto de pacientes por meio de dispositivos, auxiliando no diagnóstico precoce de doenças e na personalização de tratamentos;
Cidades inteligentes: gestão de tráfego, coleta de lixo, iluminação pública e outros serviços urbanos com ajuda de sensores e câmeras;
Transporte: gadgets e softwares para acompanhar o desempenho de veículos, verificar condições de cargas, otimizar rotas e rastrear remessas;
Varejo: personalização da experiência do cliente, sensores de otimização de estoques e melhoria da eficiência das operações.
Como a Internet das Coisas funciona?
O funcionamento da Internet das Coisas pode ser dividido em três etapas principais:
Coleta de dados: dispositivos inteligentes, como smart speakers, sensores de movimento e câmeras, usam tecnologias para coletar dados do ambiente. Por exemplo, um usuário usar o comando de voz para pedir que a Alexa acenda a luz;
Conexão: os dados coletados pelos gadgets são transmitidos para a nuvem e outros dispositivos por meio de redes sem fio (Wi-Fi, Bluetooth, 4G, 5G). Então, as informações são processadas e armazenadas na nuvem;
Aplicações: algoritmos de Inteligência Artificial analisam os dados coletados, permitindo identificar padrões e tomar decisões. Por exemplo, acender as luzes de um ambiente ao atender à solicitação do usuário.
Quais são os exemplos de dispositivos da Internet das Coisas?
A Internet das Coisas está presente em diversas áreas do nosso dia a dia, conectando objetos do cotidiano à internet. Alguns exemplos de dispositivos IoT incluem:
Casas Inteligentes: smart TVs, smart speakers, assistentes virtuais como Alexa e Google Assistente permitem controlar diversos aparelhos domésticos por voz ou apps, otimizando o consumo de energia e oferecendo mais conforto;
Vestíveis: anéis inteligentes, relógios inteligentes, pulseiras fitness e outros dispositivos monitoram atividades físicas, batimentos cardíacos e outros dados de saúde, além de receber notificações de aplicativos e chamadas;
Monitoramento de Saúde: sensores de glicose, bombas de insulina e outros dispositivos médicos conectados permitem um monitoramento contínuo da saúde, especialmente em tratamentos de doenças crônicas;
Automóveis: sistemas de navegação, assistente de voz, sensores de estacionamento e outros recursos conectados tornam os carros mais seguros. Além disso, a IoT permite a coleta de dados de desempenho, otimizando a manutenção e reduzindo custos;
Ferramentas industriais: sensores de temperatura, pressão, umidade e outros permitem monitorar processos industriais em tempo real, otimizando a produção, reduzindo tempo de inatividade e coletando dados para análises.
Samsung Galaxy Ring é uma nova opção de vestíveis que podem estar conectados à Internet das Coisas (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)
Quais são as vantagens da Internet das Coisas?
A Internet das Coisas oferece uma série de vantagens que mudam como interagimos com o mundo ao nosso redor:
Automação: a IoT automatiza tarefas, desde controlar a iluminação em casa até otimizar processos industriais. Isso resulta em maior eficiência, redução de custos e, em muitos casos, maior segurança;
Conectividade: a IoT conecta dispositivos e sistemas, permitindo a troca de dados em tempo real. A conectividade possibilita a criação de ambientes interligados, como casas conectadas e cidades inteligentes;
Dados em tempo real: a coleta de dados em tempo real permite monitorar processos, identificar problemas e tomar decisões mais precisas e rápidas. Por exemplo, sensores em equipamentos industriais podem detectar falhas antes que elas causem problemas;
Experiência do usuário: a IoT personaliza experiências, tornando produtos e serviços mais atrativos. Por exemplo, um smart speaker que toca podcasts de notícias pela manhã após o usuário solicitar essa ação frequentemente;
Otimização de processos: a análise de dados coletados permite otimizar processos em diversos setores, como indústria, agricultura e saúde;
Sustentabilidade: a IoT contribui para a sustentabilidade ao permitir a redução do consumo de energia e recursos. Prédios inteligentes, por exemplo, podem ajustar o uso do ar-condicionado central conforme a ocupação e condições climáticas.
Quais são as desvantagens da Internet das Coisas?
A Internet das Coisas, apesar das suas vantagens, apresenta algumas questões vistas como desvantagens. Por exemplo:
Gerenciamento complexo: a gestão de vários dispositivos inteligentes simultaneamente pode ser complexa e exigir conhecimento técnico, afastando usuários menos familiarizados com tecnologia;
Compatibilidade: a falta de um padrão universal de comunicação pode, em alguns casos, limitar a interoperabilidade entre diferentes dispositivos e plataformas;
Segurança: a crescente conectividade aumenta o risco de ataques cibernéticos, como invasões, sequestros de dispositivos e vazamentos de dados;
Dependência da rede: a maioria dos dispositivos IoT é altamente dependente da conexão estável à internet. Uma falha na rede pode afetar o desempenho e a disponibilidade dos serviços;
Custo: a implementação e manutenção de sistemas IoT podem envolver custos elevados, tanto em hardware quanto em software.
Quais são os riscos de segurança da Internet das Coisas?
A Internet das Coisas pode apresentar riscos à segurança, caso os usuários não tenham cuidados com os dispositivos e seus dados. Alguns deles são:
Falta de criptografia: muitos dispositivos não protegem as informações transmitidas, facilitando a interceptação de dados pessoais e sensíveis por hackers;
Exposição de dados: ao se conectar à internet, os dispositivos podem coletar dados pessoais, como nome, endereço e hábitos, que podem ser usados por hackers para fins maliciosos. Crie senhas fortes para proteger suas contas e redes Wi-Fi;
Roubo de dispositivos: criminosos podem explorar vulnerabilidades de dispositivos desprotegidos ou desatualizados para controlá-los remotamente e monitorar atividades. Se possível, mantenha os gadgets inteligentes sempre atualizados;
Ataques de negação de serviço (DoS): hackers podem sobrecarregar dispositivos ou redes inteiras, deixando os aparelhos conectados indisponíveis para uso.
Inteligência Artificial tem forte participação na Internet das Coisas (Ilustração: Vitor Pádua / Tecnoblog)
Qual é a diferença entre Internet das Coisas e Inteligência Artificial?
Internet das Coisas é uma rede de dispositivos inteligentes conectados à internet, capazes de coletar e trocar dados. Esses gadgets podem automatizar tarefas e otimizar processos em diversos setores, desde casas inteligentes até indústrias.
A Inteligência Artificial, por sua vez, é um ramo da ciência da computação que busca criar sistemas capazes de simular a inteligência humana. Um exemplo são os algoritmos de Machine Learning, que permitem que os sistemas de IA identifiquem padrões nos dados coletados pela IoT, tomando decisões e realizando previsões.
A Internet das Coisas usa Inteligência Artificial?
Sim, a Internet das Coisas usa significativamente a Inteligência Artificial. A IA permite que os dispositivos IoT analisem grandes quantidades de dados coletados por sensores, identificando padrões e tendências.
Isso possibilita a criação de experiências personalizadas, como o acendimento automático das luzes de casas inteligentes. Já em um processo industrial, a IA analisa os dados dos sensores de IoT para identificar sinais de desgaste e prever falhas graves antes que elas ocorram.
Para mais, a IA permite que os dispositivos IoT tomem decisões autônomas, otimizem o consumo de energia e se adaptem às mudanças no ambiente. Todas essas etapas são realizadas sem a intervenção humana.
O que é Internet das Coisas (IoT)? Entenda como funciona e veja exemplos de aplicações